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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Doce poesia

E saboreio poesia como a um copo de licor, ou como quando encho a boca com o sexo do meu amor. (Dona Flor)

à luz do tango


Naquele lugar só tinha
aquela lua e um tango
que enchia todo o meu
pulmão com ar de sentimentos
de amor, paixão, amizade
menos familiar.

eu não enxergava nada naquele lugar,
só a lua.
mas sentia coisas
que eu nunca tinha sentido
palavras me abraçavam
palavras me acariciavam
palavras me penetravam
palavras que dançavam e acasalavam comigo
ao som  do tango
que tomavam todo o meu corpo,
com  uma velocidade rítmica que o tango tem
do nosso corpo
faíscas de fogo saiam do meu corpo
envolvidos no tango, alcançando outras palavras
que cada vez me envolvem mais, tornando um só corpo,
meu.
O que são essas palavras?
é aquele tango,
À luz do candeeiro.

(Madame Ivete)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Festa


E assim veio a mim
um regalo no fim de uma noite
que fez de seu samba o meu carnaval.

E do meu corpo, fez um salão,
correu, brincou, deslizou, dançou, envolveu.

E meu corpo sorriu, e vibrou, respondeu,
cantou em harmonia junto ao seu.

Íntimos, ímpares, libertinos, ligados e livres
madrugada adentro fazendo sarau, serenata.

Corpo, gosto, pele, odor, suor, saliva.
Miscelânea de sentidos. Luxúria, desejos
Suspiros.

Misturas de um quadro pintado com aquarela
À cores, gemidos, sem pudores e ao vivo.


Com prazer,
Dona Flor.