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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

 

Ela não entendia a história da flor. 
João repetia todo santo dia: Joaninha deixa eu pegar na tua flor? 
Preocupada pensava: preciso plantar, seja margarida, flor do campo, cravo, roseira ou girassol.
Ele não parava de pedir.
No Natal, planta plantada, regada, adubada.
Meia-noite João acha a flor, dedilha as cochas da amada com a pressa de um violonista em seu primeiro solo.  Ela desabrochada e orvalhada, enfim se abriu.
Feliz, fecundou. 
Sentiu o gozo da semente caindo em solo fértil, 
a semente do amor.

Nunca Fui Santa

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