Ela não entendia a história da flor.
João repetia todo santo dia: Joaninha deixa eu pegar na tua flor?
Preocupada pensava: preciso plantar, seja margarida, flor do campo, cravo, roseira ou girassol.
Ele não parava de pedir.
No Natal, planta plantada, regada, adubada.
Ele não parava de pedir.
No Natal, planta plantada, regada, adubada.
Meia-noite João acha a flor, dedilha as cochas da amada com a pressa de um violonista em seu primeiro solo. Ela desabrochada e orvalhada, enfim se abriu.
Feliz, fecundou.
Feliz, fecundou.
Sentiu o gozo da semente caindo em solo fértil,
a semente do amor.
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